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CES 2014

Tecnologia para a saúde

A linha que separava os aparelhos dos aplicativos para o esporte ou saúde diminui. Em quatro anos, as vendas serão quadruplicadas pela necessidade desesperada que a saúde pública tem de que cada indivíduo monitore seus sinais vitais permanentemente

WellShell monitora dados do corpo e envia ao celular.
WellShell monitora dados do corpo e envia ao celular.STEVE MARCUS (REUTERS)

Muita televisão e muito tablet, no entanto, os aplicativos para a saúde ganham adeptos... e espaço. Mais precisamente um aumento de 40% na presença nesta edição do Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas. Uma em cada 10 empresas presentes têm relação com a saúde e o bem-estar físico.

Pulseiras como a Fuelband, da Nike, Misfit ou Force Fitbit são só o começo. A Qardio, por exemplo,promete um modelo que captará não apenas os passos, mas também quando a pessoa agacha ou move os braços.

A aparência destes sensores melhorou, menos bregas e mais discretos, rápidos e, o mais importante, baratos. Em três anos, os aparelhos de fitness baixarão para 70 euros em média, menos da metade do que custam hoje. Sem contar que os smartphones já chegam com aplicativos gratuitos para medir o exercício físico.

Os complementos de saúde são uma necessidade. Nos próximos cinco anos, o sistema de saúde norte-americano gastará 142% a mais neste tipo de produtos e em serviços de software. Mais de 40 milhões de aparelhos foram vendidos no ano passado, e esse número ainda vai crescer, alcançando 70 milhões em quatro anos, gerando rendimentos de 7 bilhões de euros em 2018, quatro vezes mais que no passado.

A linha entre os aparelhos para a saúde e os destinados ao exercício físico vai ficando mais tênue. Um exemplo é a marca esportiva Reebok, que pela primeira vez assiste ao CES. Apresenta o CheckLight, um gorro com sensores para captar lesões na cabeça por golpes produzidos praticando esportes como o hockey sobre gelo. Inizio Zamzee anunciou, em associação com a seguradora de saúde UnitedHealthcare, um aparelhinho que não chega a 20 euros, destinado às crianças e que permite monitorar seus sinais vitais. É a linha a se seguir. A Fitbit também têm acordos com seguradoras para que o aparelhinho seja usado por seus sócios.

É a melhor prova da importância que o setor vai ter: todos querem apontar. Como a LG, que lança uma banda de fitness que mostra a informação no celular. Ou o da Lively que proporciona sensores para geladeiras e freezers que avisam ao médico (e ao seguro) se seu paciente cumpre as prescrições ou come nas horas certas.

“Estamos passando de uma sociedade centrada no médico para outra centrada no paciente”, explica Samir Damani, fundador de MD Revolution. “Estamos tratando de dar às pessoas o controle de sua saúde”.

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