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O euro fecha 2013 como a moeda de referência mais forte

O dólar recua 4%, o real cai 16,6% e o iene despenca 21% ante a divisa única europeia

Amanda Mars

Ao longo da chamada crise do euro, a que nunca pareceu estar sofrendo o problema é a própria moeda única: a divisa se manteve forte ante o dólar e em 2013 ainda ficou como a moeda mais robusta entre as grandes. Todas, salvo a coroa dinamarquesa, que praticamente empatou (avanço irrisório de 0,01%), têm perdido valor frente ao euro.

Em tempos de luta pela recuperação, trata-se de uma conquista de duvidosa fortuna, já que encarece e penaliza as exportações aos países fora da zona do euro. O dólar norte-americano caiu 4% em relação à divisa europeia, enquanto o iene japonês sofreu a maior perda, despencando 21%, só superado pelo rand sul-africano, que encolheu 22,5% frente ao euro.

Esta queda se deve a planos de expansão monetária sem precedentes que foram lançados pelo Banco do Japão (central) a fim de lutar contra a deflação. As medidas, que buscam duplicar o balanço do banco em 2014, puniram a cotação da moeda e conseguiram fazer com que os preços subissem no país para 1,2% em novembro, o nível mais alto em cinco anos.

O franco suíço também retrocedeu ante o euro (1,6%), assim como a libra esterlina (2,2%), a coroa norueguesa (12%) ou o real brasileiro (16,6%). O peso mexicano também recuou (5,35%).

O Banco Central Europeu (BCE), mais precavido quanto a estímulos do que o japonês e o Federal Reserve (banco central dos EUA), manteve o euro forte.

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