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Macron, eleito presidente da França com 65% dos votos, segundo as projeções

Macron, eleito presidente da França com 65% dos votos, segundo as projeções

Apoiadores celebram a vitória de Macron.
Apoiadores celebram a vitória de Macron.Emilio Morenatti (AP)

França voltou às urnas neste domingo, 7 de maio, para eleger o novo presidente da V República. O segundo turno das eleições presidenciais francesas foi disputado por dois candidatos que representam duas visões de mundo antagônicas. De um lado, Emmanuel Macron, candidato centrista do movimento Em Marcha!, europeísta, liberal e ex-ministro da Economia de François Hollande. Do outro, Marine Le Pen, candidata de extrema-direita da Frente Nacional partidária de fechar as fronteiras para imigrantes e de deixar a União Europeia. Todas as pesquisas apontavam que o vencedor das eleições será Macron. E as primeiras projeções das urnas confirmaram essas expectativas.

Acompanhe aqui, ao vivo, o segundo turno das eleições francesas.

Finalizamos agora nossa cobertura em tempo real do segundo turno das eleições presidenciais francesas. Na foto, Emmanuel Macron faz seu discurso de vitória no Louvre. Boa noite! Foto: PHILIPPE WOJAZER (REUTERS)
"Marine Le Pen definiu o novo cenário político francês como uma ruptura entre “mundialistas e patriotas” e pediu uma “transformação profunda” da Frente Nacional para “estar à altura desta oportunidade histórica”, antes de se despedir entre aplausos apagados e gritos de “obrigada, Marine” dos poucos militantes que tinham ido acompanhar os resultados na sede do partido, em Paris". Leia aqui a reportagem de nossa correspondente Silvia Ayuso sobre o discurso de Le Pen neste domingo. http://cort.as/wumV
Aloysio Nunes (PSDB), ministro das Relações Exteriores do Brasil, emitiu uma nota sobre o resultado na França. "A eleição de Emmanuel Macron, por ampla margem de sufrágios, reafirma o apego do povo francês aos valores democráticos com os quais nós brasileiros nos identificamos profundamente. A França hoje vitoriosa é aberta, acolhedora e empenhada em perseverar na construção do projeto europeu".
"A vitória de Emmanuel Macron nas eleições presidenciais francesas, um ex-banqueiro europeísta e liberal, freia a onda de descontentamento populista que triunfou em novembro nas presidenciais dos Estados Unidos e, antes, no referendo sobre o Brexit no Reino Unido. Liderando um novo movimento, o Em Marcha!, Macron derrotou de modo esmagador Marine Le Pen, que está alinhada com o presidente norte-americano Donald Trump e o russo, Vladimir Putin. Macron, que aos 39 anos será o presidente mais jovem da V República, se conectou com o desejo de novos ares e renovação moderada de milhões de franceses e se beneficiou da ampla rejeição que suscita o partido de sua rival, a Frente Nacional. Depois do Brexit e de Trump, não haverá Le Pen". Leia aqui a reportagem completa do nosso corresponde Marc Bassets sobre a vitória de Macron. http://cort.as/wuhG
"Servirei com humildade e com força. E também em nome de nosso lema: liberdade, igualdade e fraternidade. Servirei com amor. Viva a República, viva a França", termina Macron seu discurso. Sua esposa, Brigitte Trogneux, deixou o palco no Louvre, em lágrimas.
Macron: "O trabalho que nos espera é imenso e começa a partir de amanhã. Será preciso moralizar a vida pública, defender a vitalidade democrática, reforçar nossa economia, construir novas proteções, refundar a Europa e trabalhar pela segurança de todos os franceses".
"Europa e o mundo espera que defendamos o espírito do Iluminismo, ameaçado em tantos lugares, que tragamos uma nova esperança, um novo humanismo, o de um mundo mais seguro, com liberdades defendias, com crescimento e uma maior justiça e ecologia", disse Macron em seu discurso.
Macron acaba de dar seu primeiro discurso como presidente eleito, no museu do Louvre. “Quero reservar umas palavras para aqueles que votaram em Marine Le Pen, às vezes com convicção. Respeito vocês, mas nos próximos cinco anos farei de tudo para que não tenham nenhuma outra razão para votar nos extremos. Nesta noite só vejo o povo francês reunido. O que vocês representam nesta noite no Louvre é um fervor, um entusiasmo. A energia do povo da França".
Os primeiros ministros da Bélgica, Charles Michel, e da Holanda, Mark Rutte, felicitaram Emmanuel Macron e consideraram que se abre uma oportunidade para forçar a União Europeia. "A vitória de Emmanuel Macron deve ser uma oportunidade para reunir todas as boas vontades e devolver o encanto ao projeto europeu”, afirmou o primeiro ministro belga. Michel, que já manteve vários encontros com Macron, propôs celebrar uma reunião oficial em Bruxelas ou Paris para "formalizar propostas concretas que permitam consolidar e reforçar o projeto europeu que enfrenta numerosos desafios", indicou o escritório do primeiro ministro em um comunicado.
O prefeito de Londres, Sadiq Kahn, disse que os franceses optaram pela esperança no lugar do medo, e pela unidade, em vez da divisão.
Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk celebrou com alívio a vitória de Emmanuel Macron e a derrota da "tirania da notícia falsa". "Parabéns a Emmanuel Macron e aos franceses que escolheram Liberdade, Igualdade e Fraternidade e disseram não à tirania das fake news", escreveu Tusk em seu perfil oficial no Twitter, logo após a publicação das primeiras estimativas após o encerramento das votações.
O líder da esquerda radical francesa, Jean-Luc Mélenchon, celebrou a derrota “massiva” da ultradireitista Marine Le Pen nas presidenciais, mas mostrou desconfiança sobre o presidente eleito, Emmanuel Macron. Mélechon disse que espera unir-se aos que querem romper com o passado. "O programa do novo monarca é conhecido: a guerra contra as conquistas sociais do país e a irresponsabilidade ecológica", assinalou Mélenchon numa breve declaração, após conhecer a vitória de Macron. Na sua opinião, o país “não está condenado nem ao poder dos ricos nem aos de quem odeiam", numa clara alusão ao presidente eleito e a Le Pen. Por isso, sua principal mensagem foi para um chamamento aos que votaram nele em primeiro turno (ficou em quarta posição, com algo mais do que sete milhões de votos, ou 19,58 %) para que voltem a se unir, de olho nas eleições legislativas de junho.
E a França disse 'não'. Veja ao vivo o anoitecer dos franceses ao redor do museu do Louvre festejando o resultado das urnas que alçou Emmanuel Macron ao posto de presidente da França com dois terços dos votos dos eleitores.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, que lidera a saída do Reino Unido da União Europeia, é outra líder a parabenizar Macron.
O presidente Donald Trump também mandou um entusiasmado parabéns a Macron pelo twitter.
O presidente Michel Temer também parabenizou Macron e afirmou que o Brasil continua traballhando junto em nome da democracia, dos direitos humanos e do desenvolvimento.
Saiba mais sobre o movimento Em Marcha!, encabeçado pelo novo presidente da França, Emmanuel Macron http://cort.as/wucV
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, parabeniza Macron pela sua vitória.
A vitória de Macron é celebrada pelo ex-presidente dos EUA, Bill Clinton.
A Alemanha pede o fim da austeridade fiscal. O ministro alemão de Assuntos Exteriores, Sigmar Gabriel, ressaltou neste domingo a necessidade de ajudar o futuro presidente francês, Emmanuel Macron, e pediu que o seu país e a UE abandonem a política de "ortodoxia fiscal" que obriga a "estritas medidas de poupança" enquanto se promovem reformas. "Os franceses se decidiram pelo otimismo, pelas reformas e pela amplitude; pela liberdade, igualdade e fraternidade, e contra o isolacionismo, o cinismo e o ódio", afirmou Gabriel.

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