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FIFA multa México pela sétima vez por gritos homofóbicos

Federação Mexicana de Futebol recebe nova sanção por causa dos cantos entoados no último jogo contra a Costa Rica

Diego Mancera
Torcida mexicana no estádio Azteca, em março passado.
Torcida mexicana no estádio Azteca, em março passado.D. Sánchez (Cuartoscuro)

No México, as pessoas não se cansam nunca de gritar “puto” nos estádios. A FIFA sancionou pela sétima vez a Federação Mexicana de Futebol por causa dos gritos homofóbicos de seus torcedores. O caso mais recente aconteceu na disputa entre México e Costa Rica no estádio Azteca pelas eliminatórias para a Copa do Mundo. Apesar das multas constantes, os torcedores insistem em manter o grito de “Eh, puto!” a cada tiro de meta cobrado pelo time adversário.

A entidade máxima do futebol mundial vem punindo esse grito homofóbico (no Brasil, “eh, bicha!”) desde a Copa de 2014, no Brasil. A FIFA é taxativa ao classificá-lo como antiesportivo e de caráter discriminatório. No México, seus defensores argumentam que se trata de uma expressão coloquial que não seria usada de forma pejorativa. A multa aplicada agora é de 191.974.000 pesos (cerca de 32.000 reais). Os dirigentes mexicanos já desembolsaram cerca de dois milhões de pesos por causa do comportamento de seus torcedores.

No jogo entre México e Costa Rica, os funcionários ligados à seleção fizeram fortes pedidos explícitos no estádio para que não se gritasse na direção do goleiro adversário a cada cobrança de tiro de meta, pois isso poderia levar a um veto de se jogar no estádio ou um corte de pontos nas eliminatórias para a Copa. Quando Kelylor Navas se preparava para chutar a bola, aparecia o pedido para não se dar o grito. Este, porém, acabou contaminando os próprios torcedores costa-riquenhos, que faziam o mesmo para ofender Guillermo Ochoa. Numa tentativa de abafar o grito, os alto-falantes do estádio faziam soar simultaneamente uma gravação com o grito de “México!”.

A Argentina e o Brasil também foram punidos pelo mesmo motivo em 21.000 dólares (67.000 reais) e 35.000 dólares (112.000 reais) respectivamente. “Além de avaliar os possíveis incidentes e sancioná-los imediatamente, a FIFA adotou uma estratégia global com o objetivo de por um fim à discriminação”, afirma o comunicado da entidade.

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