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O que são os mísseis Tomahawk? Cinco pontos-chave do ataque de Trump à Síria

Entenda aqui a ofensiva dos EUA contra Assad

Foto aérea da base de Al Shayrat, perto de Homs (Síria).Foto: reuters_live | Vídeo: US DEPARTMENT OF DEFENSE / HAND EFE / REUTERS-QUALITY

Motivo do ataque

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O motivo da ofensiva norte-americana é um ataque com armas químicas ocorrido na terça-feira supostamente por iniciativa do regime do presidente Bashar Al Assad. Cerca de 80 pessoas, incluindo dezenas de crianças, morreram devido ao ataque com agentes químicos na localidade de Khan Sheikhun, na província de Idlib, no noroeste do país. Não é a primeira vez que Assad é responsabilizado por um ataque químico. Suspeita-se que, em 2013, o regime sírio matou milhares de pessoas numa ação similar.

Às 4h40 desta sexta-feira (hora local, 21h40 de quinta pelo horário de Brasília), duas embarcações da Marinha dos EUA localizadas no Mediterrâneo oriental dispararam 59 mísseis Tomahawk contra a base militar de Shayrat, pertencente ao Exército sírio, onde a inteligência dos Estados Unidos considera que Assad mantinha um arsenal químico. Foi dessa base que decolaram os aviões sírios que teriam realizado o ataque químico da terça-feira.

Os alvos da ofensiva eram a infraestrutura militar: hangares, radares, paióis de munição. Na base também havia tropas sírias e russas, segundo um comunicado do Pentágono, mas a Rússia foi notificada do ataque com antecedência.

O que é um Tomahawk?

Esses mísseis surgiram durante a Guerra do Golfo (1991) e contêm 450 quilos de explosivos. Eles voam a quase 900 quilômetros por hora e têm um alcance em torno de 2.000 quilômetros, com a capacidade de mudar de altura durante a trajetória. São disparados na vertical, a partir de navios militares.

A última vez que os EUA haviam usado esse tipo de míssil foi em outubro de 2016, contra três localidades no Iêmen onde forças norte-americanas haviam sido atacadas. Esses mísseis são uma parte central da artilharia dos EUA. Washington costuma usá-los em missões contra o Estado Islâmico (EI).

O papel da Rússia

O Governo de Vladimir Putin foi mais precavido que o dos EUA na hora de falar sobre o ataque de terça-feira, pedindo uma investigação “exaustiva e imparcial”, sem acusar diretamente Assad. A Rússia, em geral, se alia ao regime de Damasco, com o qual mantém relações próximas e o lado do qual luta contra o EI. Os EUA, até agora, toleram a manutenção de Assad no poder, apesar da sua intenção inicial de derrubá-lo, para poder centrar seus esforços na eliminação do EI.

Horas antes do bombardeio, a Rússia advertiu na ONU que qualquer ação militar norte-americana teria “graves consequências”.

Guerra na Síria

A Guerra Civil da Síria começou em 2011, como parte da onda de rebeliões em países do norte da África e Oriente Médio, conhecida como Primavera Árabe. Em toda a região, facções opositoras aos líderes autoritários da região saíram às ruas para exigir a instauração de sistemas democráticos. Na Síria, uma oposição fragmentada foi incapaz de derrubar ao regime de Assad, e a consequência foram seis anos de guerra e quase meio milhão de mortes até agora. As divisões também fortaleceram movimentos islâmicos radicais, como o EI, cuja destruição foi a maior prioridade para os EUA até agora.

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