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Localizadas sete pessoas vivas no hotel soterrado por uma avalanche na Itália

Os serviços de emergência falaram com os sobreviventes, que estão desde quarta-feira à tarde sob os escombros

Daniel Verdú
Parte interna do Hotel Rigopiano, em uma imagem de um vídeo da Guarda Financeira.
Parte interna do Hotel Rigopiano, em uma imagem de um vídeo da Guarda Financeira.EFE
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Só os integrantes da equipe de resgate e as famílias tinham algumas esperança, mas aconteceu. Depois de um dia e meio de trabalhos no hotel soterrado por uma avalanche de neve em Farindola (Abruzos), seis pessoas foram encontradas com vida em um primeiro momento, segundo as autoridades. Minutos depois, a mídia local e um membro da Cruz Vermelha italiana elevaram o número de sobreviventes para oito pessoas.

As equipes de resgate, com a ajuda de cães e sondas de rastreio, estavam há horas chamando os sobreviventes até que ouviram a resposta de várias pessoas ainda soterradas no hotel. Dos oito resgatados até o momento há três homens e três mulheres entre elas uma menina e outro menor. Falta confirmar a identidade do oitavo resgatado. Fazem parte das mais de 30 pessoas (entre pessoal e clientes) que permaneciam desaparecidas sob os escombros do hotel, destruído depois da avalanche de neve provocada por quatro terremotos de magnitude 5, com epicentro perto da região, que ocorreram na quarta-feira, dia 18.

Alguns dos cerca de 150 profissionais de resgate conseguiram falar com os sobreviventes e solicitaram helicópteros para evacuá-los. Estão desde quarta-feira à tarde sob os escombros e uma das pessoas feridas já está no exterior, a caminho do hospital de Pescara. “Estão vivos e estamos falando com eles”, afirmou por telefone à agência Reuters o porta-voz da brigada de incêndio Luca Cari, que está no local dos fatos.

A estrada que leva ao hotel permanecia praticamente interrompida nesta manhã, mas uma turbina tira-neve terminou de limpá-la minutos antes que as ambulâncias saíssem disparadas de Penne para o local do resgate. No entanto, os feridos serão transportados de helicóptero até o hospital de Pescara, maior, mas mais distante: a cerca de 40 quilômetros. Quando os trabalhadores de salvamento chegaram na madrugada de quinta-feira, encontraram com vida apenas duas pessoas que tinham saído do hotel antes da avalanche e ficaram presas em um carro por horas. Ontem, os serviços de emergência localizaram quatro corpos. Cerca de vinte pessoas continuam desaparecidas.

Na manhã de sexta-feira, dia 20, as autoridades praticamente não guardam qualquer esperança de encontrar sobreviventes. Nem alguns de seus amigos. Martina Rossi, funcionária do hotel Rigopiano que tinha saído dois dias antes (exatamente no momento em que uma máquina de retirar neve conseguiu limpar o lugar) se punha a chorar e relembrava seus companheiros. “Todos tinham menos de 30 anos. Éramos como uma família. Tive muita sorte, foi um milagre. Mas é tão injusto...”.

Segundo a funcionária, só teriam conseguido se salvar se no momento da avalanche estivessem no spa ou nas câmaras frigoríficas. “O resto [dos ambientes] foi deslocado por força da avalanche” que arrastou o hotel dez metros de sua estrutura, explicava mostrando as fotos publicadas. Não se sabe até o momento se os resgatados são clientes ou pessoas do hotel.

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