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Trump escolhe o ‘falcão’ David Friedman como embaixador em Israel

Indicado quer mover a embaixada dos EUA para Jerusalém

Trump, na quinta-feira em Hershey (Pensilvânia).
Trump, na quinta-feira em Hershey (Pensilvânia).DON EMMERT (AFP)

Donald Trump escolheu como embaixador em Israel David Friedman, judeu de 57 anos, sócio fundador de um escritório de advocacia especializado em falências. Friedman, que se alinhou com as posições da direita israelense, foi “um dos principais conselheiros do presidente eleito sobre as relações Estados Unidos-Israel durante a campanha”, na qual Trump expressou seu desejo de mudar a embaixada dos EUA para Jerusalém (atualmente localizado em Tel Aviv), o que gerou críticas dos muçulmanos em todo o mundo.

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Friedman expressou seu desejo de trabalhar para manter a aliança com Israel e se mostrou honrado pela confiança depositada nele. “Vou trabalhar incansavelmente para fortalecer o vínculo inquebrável entre nossos países e avançar a causa da paz na região. E espero que fazer isso da embaixada dos EUA na capital eterna de Israel, Jerusalém”, disse.

A equipe de transição emitiu um comunicado explicando que o futuro representante do Governo de Washington em Israel “vai manter a relação especial entre nossos dois países”. A nota acrescenta: “Haverá uma extraordinária cooperação estratégica, tecnológica, militar e de inteligência”.

Sob o mandato de Trump, que começa em 20 de janeiro, “a relação entre EUA e Israel será um modelo de cooperação e respeito”, acrescenta a nota, que conclui: “Sua firme relação com Israel vai permitir estabelecer as bases de sua missão diplomática e será uma ferramenta fundamental do nosso país enquanto estreitamos laços com nossos aliados e buscamos a paz no Oriente Médio”.

O jornal israelense Haaretz, ao noticiar esta indicação, diz que Friedman é um judeu ortodoxo e colunista de dois meios de comunicação israelenses da direita política, Arutz Sheva (o jornal dos colonos judeus dos assentamentos) e The Jerusalem Post. De acordo com o Haaretz, suas posições estão mais à direita que as do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

A chefe de campanha de Trump, Kellyanne Comway, ressaltou na segunda-feira que a transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém “é uma alta prioridade” para seu mandato. Lembrou que a transferência da delegação de sua atual localização em Tel Aviv é uma questão que Trump falou “claramente” durante a campanha.

“Deixou isso muito claro durante a campanha e como presidente eleito, ouvi repetir isso várias vezes em privado, se não em público”, disse. Recentemente, o presidente dos EUA, Barack Obama renovou a desobrigação presidencial que adiou a mudança da embaixada novamente por seis meses.

Em sua decisão, Obama citou “interesses de segurança nacional” para prolongar a desobrigação da decisão tomada pelo Congresso em 1995 de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e mudar a embaixada para lá.

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