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Doria confirma ascensão no Datafolha e segundo turno segue indefinido em São Paulo

Tucano cresce 20 pontos em um mês de campanha e divide liderança com Russomanno e Marta

Rodolfo Borges
João Doria em sabatina EL PAÍS-EBC.
João Doria em sabatina EL PAÍS-EBC.Ricardo Matsukawa

João Doria (PSDB) parece estar aproveitando bem o maior tempo de televisão da disputa pela Prefeitura de São Paulo. O candidato tucano, que começou a campanha, há um mês, com 5% das intenções de voto em pesquisa do instituto Datafolha, chegou nesta semana aos 25%. Já Celso Russomanno (PRB), que abriu a corrida pela capital paulista com larga margem de vantagem, caiu dos 31% iniciais para 22%. Marta Suplicy (PMDB) aparece na sequência, com 20%. Tecnicamente, todos estão empatados, pois a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

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Tendo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), como seu maior cabo eleitoral, Doria se apresentou no último mês ao eleitorado paulistano como um gestor eficiente. Subiu 11 pontos da primeira para a segunda pesquisa e, agora, outros nove. Já Russomanno, que tem em seu histórico de candidatura à Prefeitura uma boa largada e uma péssima chegada, pode estar repetindo o que ocorreu em 2012, quando nem sequer passou para o segundo turno. O candidato do PRB pode ter se desgastado perante os eleitores nos últimos dias ao criticar o aplicativo Uber e dizer que não opinaria sobre mudanças na lei trabalhista para sua campanha não "naufragar".

Marta Suplicy não oscilou tanto quanto seus principais concorrentes à Prefeitura. Passou de 16% para 21% e, agora, aparece com 20%. A senadora, que trocou o PT pelo PMDB recentemente, tem sido associada pelo prefeito Fernando Haddad (PT) à gestão presidente Michel Temer, que o petista chama de "golpista". Haddad, aliás, permanece no patamar de 10% das intenções de voto — eram 9% no último levantamento. Na sequência aparecem Luiza Erundina (Psol), com 5% (eram 7%), Major Olímpio (SD), com 2%, e Levy Fidelix (PRTB), 1%.

Ricardo Young (Rede) e João Bico (PSDC) não atingiram 1%. Henrique Áreas (PCO) e Altino (PSTU) não foram citados na pesquisa que ouviu 1260 pessoas na quarta-feira 21. Votos brancos ou nulos somaram 11%. Além disso, 4% dos eleitores não opinaram.

Em um possível segundo turno, Russomanno ganharia de Doria com 44% contra 38%. Contra Marta, a disputa seria mais dura, com 40% para o candidato e 41% para a senadora. Páreo duro também em uma disputa entre Doria e Marta: 41% e 42%, respectivamente.

Em termos de rejeição, o prefeito Haddad segue muito na frente, com 45%. O segundo candidato que repele mais eleitores é Levy Fidelix — 30% do eleitorado não votaria nele. Marta aparece na sequência, com 29%. Além disso, 27% não votariam em Erundina e Russomanno. A rejeição de Doria oscilou de 20% para 19% de uma pesquisa para a outra.

Capitais

A disputa pelo segundo turno no Rio de Janeiro também segue acirrada, mas na capital fluminense, pelo menos, uma das vagas parece assegurada, a julgar pela pesquisa Datafolha. Marcelo Crivella (PRB) se mantém no topo, com 31% das intenções de voto. Disputam uma vaga no segundo turno Marcelo Freixo (Psol), com 10%, Jandira Feghali (PCdoB), com 9%, e Pedro Paulo (PMDB), com os mesmo 9%. Também na briga, Flávio Bolsonaro (PSC) tem 7% e Índio da Costa (PSD) aparece com 6%.,

O cenário em Minas Gerais também não parece definido, mas João Leite (PSDB) lidera com folga (33%) à frente de Alexandre Kalil (PHS), que tem 21%. Já no Recife, o prefeito Geraldo Júlio (PSB), que começou a disputa atrás do ex-prefeito João Paulo (PT), ampliou sua vantagem na liderança, com 38% das intenções de voto contra 29% do petista.

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