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Haddad: “Meus adversários não me criticam por falta de moralidade”

O candidato do PT à reeleição da Prefeitura de São Paulo é o oitavo entrevistado das sabatinas

Sabatina com Fernando Haddad

Acompanhe ao vivo a entrevista com Fernando Haddad, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo Partido dos Trabalhadores, com os jornalistas do EL PAÍS e da TV Brasil

Gepostet von EL PAÍS Brasil am Mittwoch, 21. September 2016

O prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição pelo PT à Prefeitura de São Paulo, afirmou nesta quarta-feira que sua gestão à frente do Executivo municipal da cidade “não sofre acusações de moralidade” por parte de seus adversários na disputa. "Peço ao eleitor que compare as propostas. Nós estamos desenvolvendo um trabalho transparente”, disse durante sabatina realizada pelo EL PAÍS e a EBC. A frase, dita ao final da entrevista, é uma tentativa do prefeito de se distanciar do escândalo de corrupção que atingiu o PT no âmbito federal, onde o partido sofre com a Lava Jato e o impeachment de Dilma Rousseff.

Apesar de ainda patinar nas pesquisas - tanto os levantamentos do Ibope quanto do Datafolha divulgados na semana passada dão ao prefeito 9% das intenções de voto -, Haddad fez questão de afirmar que estará no segundo turno. “Vamos voltar a conversar no domingo que vem [data das eleições]”, afirmou ao ser questionado sobre quem apoiaria caso ficasse de fora da disputa. “Em 2012 faltando quatro dias para as eleições eu estava muito atrás de acordo com os levantamentos, e consegui crescer no final”, disse. Se por um lado de fato o petista cresceu na reta final da disputa anterior, este ano o prefeito terá que bater uma rejeição que chega a 49% do eleitorado, segundo o Datafolha.

Haddad também aproveitou para criticar a postura de seus adversários na disputa. Marta Suplicy (PMDB), João Dória (PSDB) e Celso Russomanno (PRB) já se manifestaram contrariamente à redução da velocidade nas vias da cidade adotada pelo petista, e acusam o prefeito de ter criado uma indústria da multa. "A postura dos meus adversários tem sido de grande irresponsabilidade, eles omitem que essa recomendação [de reduzir a velocidade] é das Nações Unidas. Existe uma meta para que todos os países reduzam as mortes nos trânsitos”, afirmou. O candidato também afirmou quer deve implementar a redução de velocidades em diversos bairros além das vias expressas e grandes avenidas onde a medida já foi adotada.

Aos 53 anos, Haddad é professor universitário, já foi ministro da Educação e, em 2012, venceu uma disputa apertada pela Prefeitura da capital paulista. Filiado ao PT, exerceu a função de chefe de gabinete da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico do município entre 2001 e 2003, durante o mandato da ex-petista e agora sua adversária Marta Suplicy. Em 2005, ingressou no Ministério da Educação, onde permaneceria até 2012. É o oitavo entrevistado da série de sabatinas das eleições 2016.

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