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O que se sabe do avião da EgyptAir

Hollande confirma queda da aeronave

Foto: atlas | Vídeo: Efe

O sinal de um avião da Egyptair que voava de Paris ao Cairo se perdeu às 2h45 desta quinta-feira. A bordo do MS804 viajavam 56 passageiros e 10 tripulantes. O presidente francês, François Hollande, confirmou a queda da aeronave.

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O que se sabe sobre o ocorrido?

O Airbus 320 da Egyptair partiu do aeroporto Charles de Gaulle (Paris) com destino ao Cairo e desapareceu do radar às 2h45 (hora local; 21h45 de quarta em Brasília) enquanto sobrevoava o Mediterrâneo. O trajeto deveria durar três horas e 45 minutos. O sinal se perdeu quando a aeronave se encontrava a 280 quilômetros da costa africana, já no espaço aéreo egípcio.

O ministro da Defesa grego, Panos Kammenos, informou que o avião despencou 6.700 metros e fez um movimento brusco no espaço aéreo egípcio antes de desaparecer. “O avião fez um giro de 90 graus à esquerda e, depois, outro de 360 graus para a direita, caindo de 11.300 para 4.500 metros, e o sinal se perdeu a uma altitude de 3.000 metros”, afirmou em uma entrevista coletiva.

Existe confusão a respeito dos sinais de socorro emitidos pelo avião. O Ministério de Aviação Civil egípcio afirmou que uma unidade militar do país recebeu um sinal de socorro às 4h26 hora local. A Egyptair informou que os dispositivos de emergência do avião emitiram um sinal de socorro aproximadamente duas horas depois de o aparelho desaparecer do radar, um alarme provavelmente proveniente de um sinalizador de emergência instalado na aeronave. Entretanto, o Exército egípcio desmentiu em um comunicado que uma de suas unidades tenha recebido o sinal. O vice-presidente da companhia aérea, Ahmed Abdel, indicou que não houve nenhuma chamada de socorro do avião.

Qual é a causa?

Ainda não há uma explicação oficial sobre o que aconteceu com o avião. Tanto as autoridades francesas como as egípcias afirmaram que ainda é cedo para descartar qualquer possibilidade, incluindo a de atentado terrorista. O presidente francês, François Hollande, confirmou a queda da aeronave. A principal hipótese é que o aparelho tenha caído no Mediterrâneo, já que o desaparecimento ocorreu a 280 quilômetros da costa egípcia. Fontes da aviação grega citadas pela France Presse afirmam que o avião caiu no mar a 240 quilômetros da ilha de Cárpatos.

Um porta-voz da agência de aviação civil do Egito, Ihab Raslan, também se manifestou no mesmo sentido e afirmou à SkyNews Arabia que o mais provável é que o avião tenha caído no mar, segundo a agência Associated Press. “O avião não aterrissou. Isso é tudo o que podemos dizer até o momento”, afirmou uma fonte aeroportuária francesa à agência Reuters.

Quem viajava no avião?

Os 56 passageiros da aeronave, entre os quais estavam uma criança e dois bebês, são de 12 nacionalidades diferentes, segundo a EgyptAir. Viajavam, também, três seguranças e sete tripulantes. As nacionalidades dos passageiros são as seguintes: egípcia (30 pessoas), francesa (15), iraquiana (2), britânica, belga, Kuaitiana, saudita, sudanesa, portuguesa, argelina, canadense e chadiana (uma pessoa para cada uma dessas nacionalidades).

Quem participa das ações de busca?

A Grécia deslocou uma fragata e diversos aviões militares para realizar a busca no Mediterrâneo. O Ministério da Defesa confirmou que os trabalhos de busca se realizam na área em que, segundo fontes do setor de aviação grego, o avião caiu –a 240 quilômetros da ilha de Cárpatos. Vários aviões militares estão sendo usados, e uma fragata já se deslocou para a região. Equipes de resgate das forças armadas egípcias também atuam na área onde se acredita que foi perdido o contato com a aeronave.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, afirmou esta manhã que o presidente François Hollande já conversou com seu colega egípcio, Abdel Fattah al Sisi. “A França ofereceu ao Cairo toda ajuda na busca pelo avião”, acrescentou Valls. O Ministério das Relações Exteriores mobilizou seu pessoal na embaixada francesa no Cairo para fornecer qualquer informação possível aos familiares, informa Gabriela Cañas.

Hollande convocou uma reunião do conselho ministerial de crise nesta manhã no palácio do Eliseu. O Ministérios das Relações Exteriores criou um grupo de crise, e o aeroporto Charles de Gaulle se prontificou a recepcionar imediatamente os familiares das vítimas que forem até ali.

Experiência dos pilotos

A aeronave é de 2003. A Airbus divulgou uma nota em que afirma que o A320 desaparecido, registrado como SU-CCG-MSN 2088, tem um acúmulo de 48.000 horas de voo.

O comandante possui 6.275 horas de voo, um terço delas no modelo Airbus 320, enquanto o copiloto tem 2.766 horas de voo, segundo a EgyptAir.

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