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“O Barcelona está mal-acostumado com tantas finais”, diz Luis Enrique

Para treinador, os recordes só fazem sentido se forem úteis para a conquista de títulos

Luis Enrique e Adriano, contra o Valencia.
Luis Enrique e Adriano, contra o Valencia.K. F.
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Para Luis Enrique, os recordes do Barcelona fazem sentido se forem úteis para se chegar como vencedor ao final da temporada. Os objetivos globais são mais importantes do que os parciais. Ninguém prestará atenção nas estatísticas se os títulos não vierem. O técnico asturiano criticou a equipe que foi superada por alguns momentos no campo por um Valencia também desfalcado, na quarta-feira, com três jogadores da equipe B na escalação. O time de Neville saiu na frente do marcador aos 38 minutos com gol de Negredo. Na parte final da partida, Luis Enrique olhou para o banco e deu novos ares à equipe com a entrada de três jogadores: o brasileiro Douglas e os jogadores da equipe B Cámara e Kaptoum. O último a entrar, o camaronês Kaptoum, no minuto em que entrou em campo, cinco antes do final, marcou para os azuis-grená. Um gol que serve ao Barça de Luis Enrique para superar a marca de jogos invictos, 29 partidas sem perder, 23 vitórias e seis empates, um a mais do que a série conseguida pelo Barcelona de Pep Guardiola da temporada 2010-2011.

“São números que, repito, nos aproximam dos títulos, neste caso de uma final de Copa do Rei. No final da temporada veremos se números tão bons significam títulos”, finalizou Luis Enrique, feliz por alcançar uma nova final de Copa, a sexta do Barça nos últimos oito anos. Com o técnico asturiano o Barcelona esteve em todas as finais. “Estou muito contente pelo que significa jogar mais uma final. O Barcelona, toda a torcida, estamos mal-acostumados, é só olhar os números, a quantidade de finais que disputamos nos últimos anos. É muito difícil, muito complicado chegar à final, uma das partidas mais bonitas da temporada. Agora iremos deixá-la de lado até maio. Comemoraremos por dez minutos e depois já pensaremos na próxima partida do Campeonato Espanhol”, diz Luis Enrique.

O ambiente frio do Mestalla convidava ao relaxamento e à dispersão. “A partida estava cercada por questões muito diferentes do que costuma ser uma partida de volta de semifinal de Copa do Rei. Era muito estranho, uma situação que ocorre poucas vezes”, declarou Luis Enrique. Do outro lado, Gary Neville não se estendeu nas explicações. “A parte positiva da partida foi o rendimento dos jovens e que Álvaro [Negredo] tenha conseguido marcar. As circunstâncias da partida eram difíceis, mas é preciso aceitar o que temos”. O técnico inglês agradeceu aos torcedores presentes no Mestalla e desculpou os ausentes. Todos do Valencia, equipe e torcida, têm em mente a partida de sábado contra o Espanyol. “No sábado o Mestalla estará lotado. Será um ambiente elétrico”, prevê Neville.

Sobre o rendimento da equipe, Luis Enrique foi claro. “O que me interessava era dar a maior quantidade possível de minutos aos jogadores que não participam tanto. No geral estivemos bem, em relação à intensidade, sobre o que pedíamos da partida, a dificuldade dos jogadores em enfrentar essa semifinal com resultado tão favorável. Vi a equipe muito completa”, avaliou o treinador do Barcelona, que admira a capacidade do clube em se renovar e o apetite dos jogadores em alcançar conquistas. “É assombrosa a capacidade que este clube tem já há alguns anos para se reinventar, para ter uma ideia futebolística clara e o perfil de jogadores que temos é único, diferente e que gostam do fazem. Nós estamos encantados e continuamos injetando-lhes ânimo para que continuem fazendo o que fazem e continuem gostando do que é futebol e continuem dando alegrias à torcida”, se orgulha Luis Enrique, o treinador de recordes.

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