Alerta diante do vírus zika
A OMS deve lançar mão dos meios necessários para deter a propagação explosiva do vírus
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre o rápido avanço do zika vírus no continente americano. Até agora, 23 países detectaram a epidemia transmitida por mosquitos que, segundo as evidências, gera malformações cerebrais em bebês de mães infectadas e problemas neurológicos em adultos. O Brasil, onde se localiza o principal surto, contabilizou mais de 4.000 casos suspeitos de microcefalia e a presidenta Dilma Rousseff planeja mobilizar o exército para combater o inseto Aedes aegypti, declarado “inimigo número um”. A seis meses do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o Brasil concentrou seus esforços na luta contra o zika para dissipar temores entre os atletas participantes e o público que assistirá aos Jogos.
Como medida de precaução, a OMS declarou uma emergência de saúde pública semelhante àquela adotada em 2009 contra a gripe A e em 2014 contra a epidemia de ebola que varria a África Ocidental. Na ausência de terapias eficazes, e dada a velocidade com que o zika vírus se dissemina –calcula-se que neste ano serão infectadas entre três e quatro milhões de pessoas– é necessário que o organismo internacional mobilize os meios necessários para deter sua propagação explosiva.
Os casos detectados causaram grande preocupação por suas relações, ainda não certificadas, com patologias em recém-nascidos. Por isso, é urgente promover projetos de pesquisa para a detecção e diagnóstico e o possível desenvolvimento de uma vacina. Estamos diante de uma ameaça de escala global.