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Mark Zuckerberg celebra nascimento de sua filha doando 99% de sua fortuna

Por Max Chan Zuckerberg, primeira filha do fundador de Facebook, ele doará 45 bilhões

Mark Zuckerberg e sua esposa Priscilla com a recém-nascida Max.
Mark Zuckerberg e sua esposa Priscilla com a recém-nascida Max.AFP

Max Chan Zuckerberg é o nome da aguardada filha de Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, que nasceu na última quinta-feira, dia de Ação de Graças em San Francisco. A bebê está saudável e nasceu com 3,53 quilos. Em seu próprio perfil, o fundador da rede social anunciou a boa notícia: “Agradeço a toda esta comunidade pelo carinho e apoio durante a gravidez. Vocês nos deram esperança de que juntos nós podemos construir um mundo melhor para Max e todas as crianças”. Esta declaração serve como apoio para o anúncio de um compromisso de ordem filantrópica que era até o momento desconhecido. Mark e sua mulher, Priscilla, irão doar 45 bilhões de dólares (174 bilhões de reais) para obras de caridade, em uma iniciativa de sua própria criação que levará o nome de Chan Zuckerberg.

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O fundo terá como foco incrementar a igualdade, curar doenças e promover o relacionamento entre comunidades de uma maneira mais positiva. Na carta redigida pelo criador do Facebook, ele insiste na necessidade de se pensar nas próximas gerações: “Temos de pensar em investimentos para os próximos 25, 50 e 100 anos. Os grandes desafios exigem horizontes amplos. O pensamento de curto prazo não permite que se resolva aquilo que realmente importa”.

A chegada da criança foi a inspiração para ir atrás de um mundo melhor com base nessa injeção de dinheiro. O casal, ele com 31 anos, ela com 30, é que tomará as decisões sobre o fundo, embora vá, também, reforçar o conselho com especialistas e filantropos com experiência no assunto. Não seria de estranhar que Bill Gates, com quem eles mantêm uma relação estreita, venha a ser um dos consultores.

Zuckerberg avalia estar vivendo o melhor momento de sua carreira, o mais apropriado para fazer isso: “Acabamos de formar a nossa família e nunca havíamos pensado tanto no futuro. Passamos muito tempo pensando nisso”.

Até agora, ele já doou 1,6 bilhão de dólares para ações sem fins lucrativos. “Demos para aquilo que até agora vínhamos achando mais necessário”, responde Zuckerberg a um questionário enviado por email, “comecei aos 26 anos”. O desembolso das doações é de 120 milhões durante cinco anos para projetos educacionais voltados para os mais desfavorecidos na área da baía de San Francisco; 75 milhões para o hospital geral da cidade; e um centro histórico que fornece assistência gratuita. Ele é frequentado por pessoas que vão de mendigos a turistas, passando por aqueles que acreditam da saúde pública e adotam esse espaço como um exemplo de qualidade. Também foram destinados 25 milhões para a luta contra o ebola, além de 100 milhões para o sistema educacional de Newark (próximo a Nova York).

O criador da rede social fez questão de deixar claro que nada disso afetará a sua invenção: “Não queremos que isso afete os investidores ou que tenha qualquer impacto negativo. Nos próximos anos não retiraremos mais do que 1 bilhão ao ano até chegar aos cerca de 45 bilhões”.

Os grandes filantropos

A generosidade é uma das marcas de identificação dos homens ricos da área de tecnologia, embora não seja exclusividade deles. O magnata Warren Buffett ocupa o primeiro lugar na lista da Forbes de 2014, com um aporte de 2,8 bilhões de dólares. Ao longo de toda a sua vida, foram 22,7 bilhões, 37% do total de sua fortuna. O primeiro da lista geral, porém, é Bill Gates, com 53 bilhões doados ao longo de sua vida, desde 1994, quando inaugurou sua fundação. Jan Koum, fundador do WhatsApp, foi um dos mais recentes a se somar á lista, com uma doação de 556 milhões de dólares. Sean Parker, primeiro presidente do Facebook e criador do Napster, registra 550 milhões. Quantia superior à de Mike Bloomberg, com 462 milhões no ano passado. A diferença reside no fato de que, na Costa Oeste, os doadores mal esperam atingir 40 anos de idade, enquanto que em Wall Street, costuma-se aguardar a aposentadoria para então fazer as grandes obras. Na Espanha, Amancio Ortega, criador da Zara, doou 17 milhões de euros para o sistema galego de saúde pública.

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