_
_
_
_
_

Atentado contra a guarda presidencial da Tunísia deixa 12 mortos

Ministério do Interior informa que vários terroristas teriam causado explosão de um ônibus

Operação policial após o atentado.
Operação policial após o atentado.ZOUBEIR SOUISSI (REUTERS)

O terrorismo volta a sacudir a Tunísia. A explosão de um ônibus que transportava membros da Guarda Presidencial teria causado a morte de menos 12 pessoas e deixado ao menos 11 feridas, segundo um porta-voz da presidência do país africano. Inicialmente, as autoridades falaram em 14 mortos. Fontes de segurança e da presidência confirmaram que se trata de um atentado, mas não esclareceram se havia uma bomba a bordo ou se um artefato explosivo foi atirado no ônibus.

O atentado ocorreu na hora do rush na avenida Mohamed V, no centro da capital, perto da sede da RDC, partido do regime que foi deposto em 2011 como parte da Primavera Árabe. O tráfego intenso dificultou a chegada das ambulâncias, cujas sirenes podiam ser ouvidas em várias partes do centro de Túnis. O Ministério do Interior não informou quantas pessoas estavam no ônibus.

Mais informações
Atentado na Tunísia deixa ao menos 17 turistas e dois policiais mortos
Tunísia elege um presidente laico e completa a transição à democracia
“Nem a ditadura nem o islamismo voltarão à Tunísia”
Estado Islâmico faz aliança com o grupo terrorista Boko Haram
Sobrevivente do atentado em Túnis gravou o ataque em vídeo

Ainda nesta quarta-feira, o presidente do país, Beji Caid Ebessi, deverá fazer um pronunciamento à nação pela televisão.

A Tunísia já sofreu neste ano dois atentados brutais contra o setor turístico, um dos pilares da economia nacional. Em março, 21 pessoas, a maioria turistas europeus, morreram em um ataque contra o Museu Nacional do Bardo, em Túnis. Posteriormente, no fim de junho, um terrorista abriu fogo em uma praia da localidade costeira de Susa, matando 38 pessoas, a grande maioria turistas de nacionalidade britânica. O autodenominado Estado Islâmico assumiu a autoria de ambos os atentados.

Apesar de ser o único país da Primavera Árabe que conseguiu realizar satisfatoriamente uma transição para a democracia e aprovar uma Constituição democrática e laica, a Tunísia é um dos países que mais militantes enviaram para a luta do EI na Síria e no Iraque, mais de 3.000 indivíduos. O pequeno país árabe se viu afetado também pelo caos da vizinha Líbia. Segundo os serviços de segurança, foi na Líbia que o autor do atentado de Susa recebeu treinamento.

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_