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Brasil x Peru nesta terça: ofuscado pela tensão no futebol mundial

Seleção joga em Salvador pelas Eliminatórias, mas atenção estará voltada para Londres

Arco de Wembley está iluminado com as cores da França.
Arco de Wembley está iluminado com as cores da França.M. D. (AP)

O Brasil recebe o Peru em Salvador nesta terça-feira, às 22h, e precisa da vitória nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Os olhos do mundo do futebol, porém, estarão bem longe de Neymar e seus companheiros nesta terça. Mais cedo, às 18h, França e Inglaterra entram em campo em Londres sob tensão máxima depois dos ataques de sexta-feira em Paris. O EL PAÍS vai ter cobertura minuto dos dois jogos. Além desses encontros, o dia teria ainda a partida entre Espanha e Bélgica, que aconteceria em um reduto jihadista no território belga, mas ela acabou cancelada quando o país elevou o nível de alerta contra atentados. 

Já a seleção francesa fez questão, até a publicação desta reportagem, de manter a partida inalterada por motivos simbólicos. Os atentados em Paris na última sexta não modificaram em nada os planos estabelecidos. A Federação Inglesa apoiou a decisão e manteve a partida em Wembley. As 70.000 pessoas que são esperadas para o jogo encontrarão o maior esquema de segurança já visto no estádio desde sua reconstrução em 2007. Os torcedores ingleses serão convidados a cantar a Marselhesa, cuja letra estará nos telões da arena.

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Os jogadores das duas seleções usarão faixas pretas nos braços em sinal de luto. “Os olhos do do mundo todo estarão olhando esta partida. É importante fazer algo para demonstrar que o terrorismo não pode ganhar”, disse Martin Glenn, dirigente inglês. Os franceses chegaram na segunda-feira em Londres. Para homenagear aos mortos nos atentados, o arco do estádio de Wembley se iluminará de vermelho, branco e azul –as cores da bandeira francesa– e na fachada da arena poderá ser lido “Liberdade, igualdade e fraternidade”.

A França enfrenta a Inglaterra com alguns jogadores marcados pessoalmente pelos ataques jihadistas. O meio-campista francês Lassana Diarra, que perdeu uma prima, Aska Diakité, nos atentados, está com a França em Londres. O atacante Antoine Griezmann, do Atlético de Madri, tem uma irmã que estava no Bataclan, mas ela conseguiu sair com vida do local.

Antes do cancelamento da partida entre Bélgica e Espanha, um forte esquema de segurança  vinha se desenhando. Dois dos terroristas mortos durante a barbárie parisiense haviam vivido em Bruxelas, e dois dos carros utilizados pelos autores do massacre tinham placas da Bélgica e foram alugados nesse país. No bairro de Molenbeek, na capital, a polícia belga segue o rastro de supostos envolvidos nos atentados.

Dunga pressionado

No Brasil, a incômoda situação da seleção brasileira na tabela das eliminatórias é um problema para o técnico Dunga. Em quarto lugar, não há espaço para outro resultado que não seja a vitória. Nesta terça-feira, ele falou mais uma vez sobre a ameaça de demissão no fim do ano. “Ameaçado não sei por quê. É o futebol, é normal a cobrança que se tem em todas as profissões. É resultado. 'Ameaçado' é uma palavra um pouco forte". Apesar da aparente calma do treinador, o Brasil tem o pior início de eliminatórias de sua história.

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