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Qualquer defesa é capaz de parar o time reserva do Barcelona

Sem Rafinha e à espera de Turan e Aleix Vidal, Luis Enrique não encontra plano B

Munir, rodeado por jogadores do Villanovense.
Munir, rodeado por jogadores do Villanovense.Denis Doyle (Getty Images)

Qualquer defesa é capaz de parar o Barcelona de Luis Enrique quando o time reserva está em campo. Bastou um grupo de humildes empregados municipais para empatar com o Barça por 0 a 0 na partida de ida da terceira fase da Copa do Rei. Uma equipe da Segunda B (terceira divisão na Espanha), o Villanovense, saiu de campo sem levar sequer um susto. Encarou de igual para igual o time B do campeão da Europa, fato que evidenciou mais uma vez a falta de tudo, de ideias e de opções. Quem ficou satisfeito foi o treinador do Villanovense, ciente de que a eliminatória está aberta e que um empate no Camp Nou elimina o Barça. Quem sabe o time de Luis Enrique não tem mais um dia ruim? “Sonhar é grátis”, diz Cobos, o técnico dos villanovenses.

Entre um petisco e outro, Bartomeu, presidente do Barça, rodeou-se de torcedores VIP do clube catalão no espaço que o Villanovense reservou para acolher os ilustres visitantes. “Até janeiro, quando poderemos inscrever a Turan e Aleix, sabemos o time que temos”, justificou-se o comandante. E nessas anda também Luis Enrique, resignado à espera, consciente das limitações da equipe.

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Castigado pelas lesões no início desta temporada, o técnico faz malabarismos para escalar o time com o que tem nas mãos. Não estava em seus planos enfrentar um início de temporada assim, tão diferente do ano passado, quando terminou a primeira metade com todos os jogadores à disposição e pôde administrar durante o ano os minutos de seus jogadores. Agora a situação é o inverso: já são 17 lesões nesta temporada, algumas tão importantes como as de Messi, Iniesta e Rafinha. Esta última menos midiática que a do argentino ou de Andrés, mas de extrema importância para os planos da direção técnica porque o brasileiro sempre aparecia bem entre os titulares.

Munir e Sandro não convencem

Para Luis Enrique foi fatal o adeus de Pedro, negociado com o Chelsea, porque o espanhol era garantia de troca no ataque, onde Munir e Sandro —que ainda não marcaram nesta temporada— representam pouco, muito pouco, à sombra de Messi, Suárez ou Neymar. Mas o técnico precisa deles e, embora esteja nos planos negociar um dos dois em dezembro, quando será possível incorporar Arda Turan e Aleix Vidal, conta com a dupla para poder escalar a equipe. Nada além disso, já que eles não marcam gols nem contribuem de maneira efetiva para o time. Um dos dois será vendido no meio da temporada por necessidades econômicas do clube e porque esportivamente Luis Enrique não precisa deles.

Se no ataque as coisas não vão bem, a situação é quase a mesma no meio-campo e na defesa, que sofre um gol atrás do outro. Está claro que o jogo coletivo ainda não se ajustou ao que pede o treinador. E, assim, o atual campeão espanhol tropeça sem um plano B para as ausências de Messi e Iniesta e que sequer é capaz de suprir a ausência de Rafinha antes da chegada de Arda Turan e de Aleix.

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