_
_
_
_
_

Palestino mata um soldado a tiros e deixa 11 israelenses feridos

Um dos agressores morreu após ser alvejados por disparos de soldados

Juan Carlos Sanz
Policiais israelenses junto ao corpo do agressor/ YEHUDA PERETZ (AFP)
Policiais israelenses junto ao corpo do agressor/ YEHUDA PERETZ (AFP)

Um palestino armado com um revólver e uma faca entrou na noite de sábado no terminal de ônibus de Beer Sheva, no sul de Israel, onde matou um soldado e feriu outros 11 israelenses, em sua maioria policiais e militares que se encontravam no saguão do terminal de transportes da cidade. O agressor foi morto a tiros pelas forças de segurança, que dispararam por engano e feriram gravemente um eritreu, confundido com outro agressor. Quando estava no chão, foi agredido e recebeu cusparadas de várias pessoas que acreditavam ser ele o responsável pelo ataque. Enquanto era levado a uma ambulância, uma multidão tentou impedir sua saída entre gritos de “Morte aos árabes!”.

Em um dos incidentes mais graves desde o início de uma onda de violência em Israel e na Palestina no dia 1 de outubro, o agressor de Beer Sheva evitou os controles de segurança da estação de ônibus e matou um soldado, do qual tirou seu fuzil de assalto.

Mais informações
Na Cisjordânia, grupos palestinos incendeiam santuário judaico
Israel começa a bloquear acessos aos bairros de Jerusalém Orienta
Israel começa a bloquear acessos aos bairros de Jerusalém Oriental
Aumenta Intifada palestina latente desde a guerra de Gaza

O agressor usou depois a arma para abrir fogo contra outros membros das forças de segurança. É o segundo caso no qual foram utilizadas armas de fogo contra israelenses durante a atual onda de violência, após o atentado contra um ônibus realizado em Jerusalém Oriental, no dia 13.

Em outubro 42 palestinos já morreram, a metade deles agressores mortos a tiros por agentes de segurança, e oito israelenses.

Muro de separação

O Governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aumentou o nível de segurança ao começar a erguer um muro de separação entre o bairro árabe de Jabel Mukabar, em Jerusalém Oriental, e os distritos judeus vizinhos. O muro de peças pré-fabricadas de cimento de 10 metros de altura lembra os instalados no final da segunda Intifada (2000-2005) ao redor da Cisjordânia. As autoridades israelenses afirmam que se trata de uma separação provisória na região de onde vinham os dois jovens que na terça-feira realizaram o atentado contra um ônibus em Jerusalém Oriental, que deixou dois mortos e uma dezena de feridos.

A polícia colocou desde quarta-feira blocos de concreto nos principais acessos aos distritos palestinos da Cidade Santa e instalou postos de controle. A maioria dos agressores palestinos é de Jerusalém Oriental.

Mais informações

Arquivado Em

Recomendaciones EL PAÍS
Recomendaciones EL PAÍS
_
_