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Guarde bem seu walkman: a fita cassete não morreu

Maior fabricante mundial vive o seu melhor ano desde a fundação, em 1969

Interior da fábrica de cassetes da National Áudio Company.
Interior da fábrica de cassetes da National Áudio Company.BLOOMBERG

A fita-cassete, que muitos julgavam morta, está mais viva do que nunca. A National Audio Company, uma das últimas empresas que ainda se dedicam a esse produto, afirma estar vivendo seus melhores anos desde que abriu as portas, no remoto ano de 1969. “Nosso modelo de negócio pode ser descrito como teimoso e estúpido. Fomos teimosos demais para desistir”, afirma Steve Stepp, presidente da empresa.

A National Audio é o maior – e um dos últimos – fabricantes de fitas-cassete nos Estados Unidos. Seu sucesso, aliás, talvez resida no fato de ser uma empresa quase sem concorrentes. Só neste ano ela fabricou mais de 10 milhões de fitas, e suas vendas cresceram expressivos 20%. “É provável que o real motivo do crescimento da nossa empresa seja o movimento retrô”, acrescenta Stepp. “Muita gente sente saudade de ter uma fita-cassete nas mãos.” Para muitos, trata-se de uma forma de voltar aos anos noventa, quando os toca-fitas deliciavam os amantes da música, permitindo que escutassem suas bandas favoritas em qualquer lugar.

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Música independente

“Houve um movimento de alguns grupos de música independente pela retomada desse som mais quente, e desde então essa tendência não para de crescer”, salienta a diretora de produção da National Audio, Susie Brown.

A empresa, com sede em Springfield (Missouri), tem acordos com a maioria das gravadoras, incluindo Sony Music Entertainment e Universal Music Group, e com um pequeno número de bandas independentes. Aproximadamente 70% do seu faturamento provêm da venda de fitas gravadas com música, e o resto é resultado da venda de fitas virgens.

A empresa, como não poderia deixar de ser, ainda usa em sua linha de produção máquinas fabricadas na década de setenta.

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