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Explosão de duas bombas deixa pelo menos oito feridos em Bogotá

Foram registradas duas explosões na capital colombiana, ambas em prédios da Porvenir

Javier Lafuente
Sede da Porvenir em Bogotá depois da explosão.
Sede da Porvenir em Bogotá depois da explosão.L. Muñoz (EFE)

Pelo menos oito pessoas tiveram ferimentos leves na tarde de quinta-feira em Bogotá, na Colômbia, depois que duas bombas explodiram em sucursais da Porvenir, administradora de fundos de pensão. A secretária do Governo de Bogotá, Gloria Flórez, afirmou que cinco minutos antes das explosões duas ligações alertaram sobre a colocação dos explosivos, ainda que as pessoas não tenham se identificado. O presidente do país, Juan Manuel Santos, cancelou sua participação na reunião da Aliança do Pacífico que acontece no Peru e deve voltar a Bogotá.

Os primeiros indícios das investigações "apontam para a guerrilha", segundo a Promotoria local, embora ainda não tenha sido confirmado se as explosões foram provocadas pelas FARC.

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A primeira explosão ocorreu por volta das 16h (18h de Brasília) em um prédio da Porvenir na região norte de Bogotá, na rua 72 com a avenida 9, em frente ao centro comercial Avenida do Chile, uma área financeira muito movimentada a essa hora do dia. Segundo as autoridades, um homem teria deixado um pacote fechado que explodiu e foi para avisar sobre ele que a ligação foi feita. Mesmo que tenham sido registrados apenas feridos leves, os danos materiais foram enormes. A sede ficou totalmente destruída. Um dos bombeiros afirmou que o pacote explodiu dentro. A Porvenir pôde ser evacuada pela polícia após a ligação, mas não o restante do prédio, cujos ocupantes saíram após ouvir a explosão.

A segunda explosão aconteceu minutos depois também em uma sede da Porvenir, em Puente Aranda, uma área industrial. Nesse caso, a bomba explodiu na sala de espera da Porvenir, de acordo com o secretário de Saúde, Mauricio Bustamente. Uma pessoa ficou ferida com traumatismo craniano.

“São atos terroristas, sem dúvida nenhuma, mas são ações que não devem dar à população o sentimento de ausência da força pública, nós estamos presentes”, afirmou o ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, que ofereceu 100 milhões de pesos (118.000 reais) de recompensa por informações sobre os autores.

Villegas lembrou que meses atrás uma onda de pequenas explosões assolou Bogotá. Uma delas foi provocada por grupos dedicados ao “microtráfico” de drogas no centro da cidade, enquanto outra foi dirigida contra um centro comercial no sul da capital. A terceira bomba explodiu nos arredores da sede do partido de direita Opção Cidadã e da Câmara de Vereadores de Bogotá, no centro da cidade. Em junho de 2014 também ocorreram várias explosões menores em Bogotá atribuídas à guerrilha do Exército de Libertação Nacional pelo seu 50° aniversário.

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