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Pressão do público e da falta de gols

Anfitriã do torneio, a seleção chilena se apresenta com sua melhor geração de jogadores

Ladislao J. Moñino
Seleção chilena em seu último amistoso contra El Salvador.
Seleção chilena em seu último amistoso contra El Salvador.Mario Ruiz (EFE)

A pressão de ser anfitrião e o nível de exigência depois do bom papel desempenhado na Copa do Mundo do Brasil são tão rivais do Chile como aqueles que encontrará sobre a grama –Equador, México e Bolívia na primeira fase. A sensação transmitida pelo treinador Jorge Sampaoli, é que será tão importante cuidar da competição quanto do dia a dia. Sampaoli se preocupou em fazer a concentração prévia na Europa em busca do isolamento em relação ao ruído externo que considera prejudicial. Está por ver como os jogadores combinarão o hermetismo obsessivo que Sampaoli impõe aos selecionados com a obrigação de, se não ganhar, ser um forte candidato ao título. Os dias anteriores ao início da competição não foram muito encorajadores a esse respeito.

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A presença de um drone para filmar um treinamento fechado irritou muito o técnico. Tampouco os testes em partidas de preparação deixaram boas sensações. É verdade que em relação ao modo de jogar, o treinador chileno tem muita clareza. “Temos de ser protagonistas”, costuma repetir com ambição o técnico, que não negocia as heranças de Marcelo Bielsa. Intensidade na pressão e um jogo veloz, com pouca pausa e muito dinamismo, são os dois grandes pilares de um bloco em que Claudio Bravo, Medel, Marcelo Díaz Vidal, Valdivia e Alexis Sánchez são fundamentais. Essa geração de jogadores chilenos é provavelmente a melhor dos últimos 30 anos. Muitos de seus componentes jogam na Europa e alguns inclusive em grandes clubes.

O Chile joga com a defesa muito atenta e mecanizada, com um desenho tático que pode ser um 3-3-3-1 ou um 4-3-3 muito dinâmico e elástico com os quais geralmente ganha a batalha pelos espaços. Sua melhor versão é a de uma seleção que faz com que o rival se sinta em inferioridade numérica nas disputas de bola e também nas transições ofensivas quando consegue partir com determinação ao ataque. Mas é no jogo ofensivo, especialmente quando enfrentar os grandes rivais, que o Chile pode encontrar mais problemas. Dependerá muito de Alexis Sánchez, que será cobrado para ganhar jogadas na velocidade e marcar gols depois de uma grande temporada no Arsenal. Sem uma centroavante de ofício, o atacante do Arsenal e Vargas terão de fazer a diferença na área. A chegada de Vidal vindo de trás também será fundamental para resolver um problema fundamental: o gol.

Onze provável: Bravo; Isla, Jara, Medel, Beausejour; Marcelo Díaz, Aránguiz, Gutiérrez; Valdivia; Alexis Sánchez e Vargas.

 

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