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Editoriais
São da responsabilidade do editor e transmitem a visão do diário sobre assuntos atuais – tanto nacionais como internacionais

Teste para a UE

Crise migratória no Mediterrâneo exige uma resposta forte da União

A política sobre imigração está se convertendo no grande teste da vontade de cooperação dos sócios da União Europeia. Apesar das enormes evidências da tragédia humana que está acontecendo nas águas do Mediterrâneo – e da catástrofe que pode acontecer nos próximos meses se não forem tomadas outras medidas – os europeus não conseguem entrar em acordo sobre questões mínimas.

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No óbvio, como não poderia ser de outra forma, todos estão de acordo: é preciso criar os meios para evitar que dezenas de milhares de pessoas arrisquem suas vidas se lançando ao mar enquanto as máfias de traficantes de pessoas lucram com isso. Os países mais afetados da UE – que possuem costa mediterrânea – não podem assumir sozinhos essa responsabilidade, e as medidas que forem adotadas devem estar no marco da legalidade internacional. Mas na hora de concretizar essas afirmações é que a UE mostra suas debilidades. É muito complicado chegar a um acordo sobre o que fazer e como dividir o contingente de pessoas desesperadas que chegarão nos próximos meses; e a missão militar que foi aprovada contra as máfias que transportam seres humanos com menos cuidado que teriam com o gado levanta questionamentos burocráticos, além de sérias limitações.

O projeto europeu vai muito além de declarações e discursos. A imigração é uma questão fundamental e a UE ainda não está à altura do desafio.

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