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Protestos

Professores de quatro Estados estão mobilizados por melhores salários

Além do Paraná, profissionais de Santa Catarina, Pernambuco e São Paulo estão parados

Marina Rossi
Professores de São Paulo protestam na Paulista.
Professores de São Paulo protestam na Paulista.Inácio Teixeira/ Coperphoto/ Apeoesp

Não são somente os professores da rede estadual do Paraná que estão paralisados para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. Professores estão em greve em outros três Estados. Em Santa Catarina e em Pernambuco profissionais também estão de braços cruzados, com 30% e 60% de adesão, respectivamente, segundo os sindicatos locais. Em São Paulo, a categoria vive uma queda de braço com o Governo Alckmin.

Nesta terça-feira em Santa Catarina, 78 professores ocuparam a Assembleia Legislativa do Estado e, segundo o Sinte, o sindicato dos professores da rede pública do Estado, eles devem passar a noite no local. A principal reivindicação dos profissionais, que estão em greve desde o dia 24 de março, é o plano de carreira do magistério estadual e a revogação de uma medida provisória que altera o salário de professores temporários. O plano de carreira contém pontos de divergência para a categoria, já que trata de de questões salariais e trabalhistas.

Já em Pernambuco, a greve perdura desde o dia 10 de abril pelo direito ao reajuste salarial. Segundo o Sintepe, a categoria reivindica o cumprimento da lei do piso, que só é cumprida para parte dos profissionais. Dos 49.800 professores no Estado, 45.750 não receberão aumento algum neste ano, de acordo com lideranças.

A greve em São Paulo foi iniciada no dia 17 de março e, desde então, os professores realizam semanalmente assembleias seguidas de manifestações na capital paulista. A Apeoesp afirma a adesão é de 59%. Também reivindicam o cumprimento da lei do piso salarial, além de melhores condições de trabalho. A falta de água e até de papel higiênico nas escolas também são questões levantadas por eles.

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Nesta semana, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a afirmar que não há greve em São Paulo e que a mobilização é política. "Na realidade não existe greve de professores. Na última sexta-feira, houve 96% de presença em sala de aula. A média da falta é de 3%. A greve é da Apeoesp e da CUT", disse. 

Nesta quinta-feira, véspera do Dia do Trabalho, a categoria promete fazer uma mobilização nacional com o objetivo de participar da Greve Nacional, encerrando a 16ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública. 

Em Curitiba, a Polícia Militar repreendeu com forte violência a mobilização dos professores nesta quarta-feira. A categoria se reuniu em frente à Assembleia Legislativa, no Centro Cívico, para protestar contra a votação de reformas na previdência dos servidores do Estado. No início do ano, os professores do Paraná já haviam acampado na mesma praça, durante greve contra lei que cortava direitos trabalhistas.

Com informações de Felipe Betim.

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