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Um aplicativo brasileiro no universo Zuckerberg

O Stayfilm é o único app da América Latina integrado ao novo Messenger do Facebook

Raquel Seco
Douglas e Daniel Almeida, fundadores de Stayfilm, e Iván Aranega, diretor de criação e vídeo.
Douglas e Daniel Almeida, fundadores de Stayfilm, e Iván Aranega, diretor de criação e vídeo.

O telefone tocou e o Stayfilm congelou. O Facebook tinha escolhido esse aplicativo de vídeos nascido no Brasil como um dos 40 protagonistas da reformulação de seu serviço de mensagens, o Facebook Messenger, que pela primeira vez integra apps de terceiros. Era o único representante da América Latina, e o escritório ficou em polvorosa durante os seis dias seguintes, trabalhando contra o tempo para desenvolver uma versão para o Facebook.

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O novo membro latino-americano da família permite criar e compartilhar vídeos curtos usando as fotos de redes sociais, o celular ou o computador, com canções e efeitos pré-determinados, tudo grátis. A start up funciona desde 2013 e tem 22 empregados, colaborou com o Rock in Rio, a Microsoft e a Disney e se gaba de ter 100.000 usuários em mais de 150 países. No entanto, para eles, o Facebook foi uma revolução. Os usuários produzem em média 1.400 vídeos novos por dia, mas depois do lançamento do Messenger em 24 horas, a produção se multiplicou por seis. Serão mais, previsivelmente, quando os internautas atualizarem o aplicativo em seus celulares. “Foi incrível, especialmente porque foi o Facebook quem se interessou pela gente”, resume o espanhol Iván Aranega, diretor de criação e vídeo do Stayfilm.

A empresa brasileira chega em um momento chave para o conteúdo, e em especial o vídeo, no Facebook. Seu criador, Mark Zuckerberg, insistiu nisso durante a F8, quando anunciou vídeos em 360 graus e apresentou uma extensão para postar vídeos da rede social em qualquer site. A revolução na forma de criar e experimentar conteúdo áudio-visual será dentro do Facebook, claro, porque tudo aponta para um futuro virtual em que não é preciso sair dele. Zuckerberg ressaltou isso na quarta-feira durante a F8, a conferência anual de desenvolvedores: “Este costumava ser um aplicativo azul que fazia muitas coisas. Agora é uma família de aplicativos”.

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