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Telefónica negocia ampliação de três bilhões de euros para comprar a GVT

Operadora conversa com nove bancos para financiar a aquisição da companhia brasileira

Ramón Muñoz
Sede da filial brasileira da Telefónica em São Paulo.
Sede da filial brasileira da Telefónica em São Paulo.EFE

A Telefónica negocia com um grupo de nove bancos o lançamento nos próximos dias da ampliação de capital em 3 bilhões de euros (10,5 bilhões de reais) para financiar a compra da operadora de banda larga brasileira GVT, que adquiriu da francesa Vivendi, cuja operação tem previsão de encerramento na primeira metade de 2015, assim que obtiver a permissão das autoridades da área.

UBS, Morgan Stanley e JP Morgan liderariam a operação, que poderia ser iniciada na semana que vem, segundo a Reuters. O Bank of America Merrill Lynch, Barclays, HSBC e os espanhóis BBVA, Caixabank e Santander também estão colaborando na colocação de capital.

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Em setembro, a Telefónica firmou um acordo definitivo com o grupo francês para a aquisição da GVT por 4,66 bilhões de euros a serem pagos à vista, mais 12% do capital social da Telefónica Brasil, a filial do grupo espanhol no país, depois de sua integração com a GVT.

A compra é realizada através da Telefónica Brasil e, por isso, a operadora espanhola precisa realizar uma ampliação para cobrir o desembolso que lhe corresponde pelos 73,9% do capital que possui em sua filial brasileira. Quando a operação foi anunciada, a ampliação foi fixada em 3,4 bilhões de euros, mas em 25 de fevereiro, em razão da apresentação de resultados, esse montante foi reduzido para 3 bilhões.

A Anatel, órgão regulador das telecomunicações, deu seu aval definitivo à compra da GVT na sexta-feira passada. No entanto, a aprovação definitiva dessa operação precisa ainda do endosso da autoridade competente brasileira, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Em fevereiro, a Superintendência Geral do CADE recomendou aprovar “com condições” essa aquisição.

A Telefónica pretende integrar a GVT à Vivo, sua empresa de telefonia móvel, para criar a maior operadora móvel do país. A transação faz parte de um processo de consolidação no setor das telecomunicações, em um momento no qual as empresas estão começando a oferecer cada vez mais pacotes combinados de telefonia móvel, fixa e Internet banda larga.

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