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Legistas não encontram resíduos de pólvora nas mãos de Nisman

A promotora Viviana Fein afirma que teste de varredura eletrônica deu negativo Não descarta que tenha sido ele quem disparou

F. P.
Protesto em Buenos Aires pelo 'caso Nisman'.
Protesto em Buenos Aires pelo 'caso Nisman'.ALEJANDRO PAGNI (AFP)

Não foi encontrada pólvora nas mãos do promotor Alberto Nisman, encontrado morto na madrugada de segunda-feira em Buenos Aires. A promotora Viviana Fein, encarregada da investigação sobre sua morte, informou na manhã desta terça-feira em um programa da Rádio Mitre que o teste de varredura eletrônica realizado não encontrou vestígio de pólvora. No entanto há uma ressalva, e é importante: “Mas não é um resultado inesperado”, afirmou Fein. “O calibre da arma, sendo uma arma de calibre 22, e não uma arma de guerra, geralmente não permite que a varredura eletrônica dê resultado positivo. Não está descartado que tenha sido ele quem disparou.”

A promotora declarou que ainda há testes pendentes, mas lembrou que os primeiros exames forenses indicaram que não houve intervenção de terceiros na morte de Nisman. A promotora pediu tempo e paciência para lançar mais luz sobre o caso. “Não falo de tempos; falo de investigar. O que eu não quero é me apressar nem tampouco estabelecer um prazo”, disse na entrevista.

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Nisman foi encontrado morto horas antes de comparecer ao Congresso para informar sobre a denúncia que havia apresentado contra a presidenta do país, Cristina Fernández de Kirchner, por suposto encobrimento de terroristas iranianos suspeitos de terem matado 86 pessoas em um atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994.

Sua morte provocou uma forte comoção na sociedade argentina. Na segunda-feira milhares de pessoas se solidarizaram com o promotor através das redes sociais, sob o slogan “Eu sou Nisman”, e também nas ruas das principais cidades argentinas onde manifestantes pediram “verdade e justiça”.

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