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Jihadista assume autoria do ataque em nome do EI em vídeo póstumo

Terrorista afirma que atuou em coordenação com os assassinos que agiram no 'Charlie Hebdo'

C. Yárnoz
Um fotograma do vídeo póstumo de Amedy Coulibaly.
Um fotograma do vídeo póstumo de Amedy Coulibaly.i24news

O jihadista Amedy Coulibaly, abatido na sexta-feira pela polícia em um mercado de comida judaica em Paris, se responsabiliza em um vídeo póstumo pelos ataques terroristas dos quais participou esta semana em Paris. Coulibaly, de 32 anos, diz nesse vídeo que agiu em nome do Estado Islâmico, segundo informam fontes policiais.

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O vídeo, que a polícia retirou da Internet, onde tinha sido difundido, dura pouco mais de sete minutos. O homem que fala, que se parece muito com Coulibaly, aparece ao lado de uma bandeira negra do Estado Islâmico. Afirma fazer parte da mesma “equipe” ou comando que agiu contra o semanário Charlie Hebdo. “Eu saí contra a polícia para conseguir maior impacto”, comenta. “Eles atacam o califado, e eles são atacados”, afirma.

Nas imagens, nas quais o suposto Coulibaly também aparece em diferentes cenas em uniforme militar e com colete à prova de balas, o suposto terrorista diz ter jurado fidelidade ao califa Abu Bakr al-Bagdadi. “Estive em muitas mesquitas de Paris com muitos homens fortes que podem defender o Islã”, acrescenta.

Coulibaly assassinou a tiros na quinta-feira de manhã em Montrouge, em Paris, uma jovem policial municipal em serviço. Na sexta-feira, entrou com dois fuzis e vários artefatos explosivos em um supermercado judaico na avenida Vincennes, onde matou quatro cidadãos judeus.

No vídeo, Coulibaly afirma ter agido em coordenação com os irmãos Chérif e Said Kouachi, ambos igualmente abatidos na sexta-feira pela polícia depois de terem permanecido por várias horas em uma gráfica de Dammartin, a 40 quilômetros de Paris. Os irmãos Kouachi, aos quais Coulibaly diz ter entregue “vários milhares de euros”, assassinaram na quarta-feira pela manhã na capital francesa 12 pessoas no ataque contra o semanário satírico Charlie Hebdo.

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