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GoPro se recupera após dúvidas sobre relação com acidente de Schumacher

Há suspeitas de que o aparelho tenha agravado o impacto no capacete do ex-piloto

Câmera GoPro no capacete de um esquiador nos Alpes franceses.
Câmera GoPro no capacete de um esquiador nos Alpes franceses.REUTERS

As ações da empresa GoPro, fabricante de câmeras ultraportáteis, se recuperaram nesta terça-feira depois da forte queda de 9% na Nasdaq na véspera, quando surgiram suspeitas de que um equipamento dessa marca havia contribuído para o grave acidente que o ex-piloto Michael Schumacher sofreu em dezembro. A companhia, uma das estrelas emergentes na indústria tecnológica, e que acaba de abrir seu capital, registrava alta de 5% na metade do pregão.

As suspeitas sobre o papel desse aparelho no acidente surgiram após declarações do jornalista francês Jean-Louis Moncet, especialista em Fórmula 1 que esteve em contato com o filho do heptacampeão mundial, Mick, quem acompanhava Schumacher no momento do acidente de esqui nos Alpes franceses. Moncet afirmou à emissora francesa Europe 1 que “o problema não foi o golpe, e sim a câmera GoPro que ele usava no capacete e que provocou o dano cerebral”.

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Especialistas da ENSA, renomada academia de esqui e montanhismo com sede em Chamonix, França, fizeram um teste para tentar esclarecer se a câmera efetivamente agravou o impacto no capacete e, por extensão, o dano cerebral. “O capacete se rompeu completamente em duas partes, mas a ENSA analisou os materiais e estavam todos bem”, disse uma pessoa próxima à investigação ao jornal britânico Telegraph. Até o momento, no entanto, não há nenhuma comprovação de que a câmera tenha causado o rompimento do capacete.

Em 29 de dezembro, o alemão, um esquiador experiente, perdeu o controle de seus esquis na modalidade “fora da pista” e caiu de cabeça numa rocha. Um helicóptero de resgate o levou a um hospital da localidade de Moutiers, mas logo depois ele foi transferido para Grenoble, onde já desembarcou em coma. Os médicos o submeteram a duas cirurgias cerebrais para estabilizar sua condição e reduzir os edemas e a pressão intracraniana. Depois de oito meses em coma lutando por sua vida, Michael Schumacher voltou para casa em setembro. O ex-piloto, de 45 anos, ainda é incapaz de falar, mas prossegue o processo de reabilitação.

“Vi o filho dele, e ele me disse que Schumi está se recuperando muito, muito lentamente”, declarou Moncet. “Embora as coisas estejam indo num ritmo muito lento, ele tem muito tempo. Eu gostaria de dizer que tem toda a vida pela frente para se recuperar”, acrescentou.

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