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América Latina: uma desaceleração econômica sem dor?

Os tempos de crescimento estão ficando para trás, agora a região deverá enfrentar médias muito mais modestas

A classe média chegou a 32% da população na região em 2011.
A classe média chegou a 32% da população na região em 2011.EFE

A euforia dos altos dígitos de crescimento econômico parece estar se dissipando na América Latina. Os tempos de bonança, com expansões anuais médias entre 5% e 6%, estão ficando para trás. Agora, a região deverá enfrentar médias muito mais modestas.

Possíveis vítimas da desaceleração: os avanços sociais colhidos na última década, como a ascensão da classe média, a redução da pobreza e a menor disparidade – embora pouco significativa – entre ricos e pobres.

Segundo o relatório semestral do Banco Mundial, a região deverá se conformar com um crescimento de 1,2% do PIB em 2014 (com projeções de 2,2% para 2015), especialmente como consequência da recessão na Argentina (-1,5%) e na Venezuela (-2,9%) e do tênue desempenho do Brasil (0,5%), além da forte desaceleração de economias emergentes como China e Índia.

Em contraste, o país que mais crescerá este ano será o Panamá (6,6%), seguido da Bolívia (5,5%), Colômbia (4,9%) e Paraguai (4,8%).

Entrevista com Augusto de la Torre, economista chefe do Banco Mundial para América Latina.

No vídeo, Augusto de la Torre, economista chefe do Banco Mundial para a América Latina, explica o panorama econômico da região e o que os governos podem fazer para evitar que o baixo crescimento provoque um aumento das desigualdades sociais.

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