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GP da Itália

Hamilton se impõe em Monza

O britânico, que tinha largado na pole, supera Rosberg; Massa sobe ao pódio pela primeira vez no ano

Hamilton ultrapassa Rosberg depois do erro do alemão.
Hamilton ultrapassa Rosberg depois do erro do alemão.OLIVIER MORIN (AFP)

O fracasso da Ferrari foi absoluto na corrida onde mais deveria brilhar. Monza tornou patente o problema do qual padece a escuderia de Maranello, e que desta vez pareceu se agravar: o abandono de Fernando Alonso e a nona posição de Kimi Raikkonen. Está claro que não será a Ferrari que conseguirá rivalizar com os monopostos da Mercedes. E é muito provável que, no que resta da temporada, não haja ninguém capaz de afastar a equipe da estrela do topo do pódio. A superioridade demonstrada por sua dupla de pilotos foi impressionante. Lewis Hamilton teve a revanche do último GP e superou seu companheiro, Nico Rosberg, somando a sétima dobradinha da temporada para o time alemão.

O domínio demonstrado sobre todos os demais rivais é total. Se não sofrerem problemas mecânicos ou se seus dois pilotos não se engalfinharem em lutas estéreis, nada indica que a Mercedes poderá perder corridas. A classificação do Grande Prêmio da Itália constata uma mudança entre as escuderias perseguidoras. Agora já não são a Ferrari nem a Red Bull, e sim a Williams, que está mais perto. Prova disso foi a terceira posição de Felipe Massa – voltando ao pódio pela primeira vez na temporada – e a quarta de Valteri Bottas que, entretanto, ficaram a mais de 21 segundos de distância do ganhador. Atrás deles vieram as duas Red Bull, a quase 10 segundos, encabeçadas por um Ricciardo que, após uma largada ruim, conseguiu superar o seu colega Sebastian Vettel, tetracampeão mundial, a seis voltas do final, graças ao melhor estado de seus pneus. Foi mais uma frustração para o alemão, que pode inclusive vir a deixar a equipe no final do ano.

O espanhol Fernando Alonso não conseguiu chegar ao fim da corrida, e isso é notícia. Alonso sofreu um problema no sistema de recuperação de energia cinética, o que o obrigou a parar para não estourar o motor, na 28ª volta. Ocupava então a 10ª. posição e estava lutando para poder terminar entre os seis primeiros, conforme ele mesmo admitiu. “Se não parasse, corria o risco de estourar o motor”, explicou Alonso, decepcionado. “Tinha tido sorte até agora com os defeitos, e fico mal por isso ter acontecido justamente nesta corrida, diante de torcedores que não deixam de estimular a gente durante toda a prova. Mas tampouco valia algo para nós.”

Esse foi o primeiro abandono de Alonso nesta temporada. Até então, o asturiano havia concluído 29 provas consecutivas, sendo 15 delas pontuando (foi 11º na Índia em 2013). E estava havia 37 corridas sem precisar abandonar por um defeito mecânico (sofreu um toque no Japão em 2012). Suas estatísticas demonstram a regularidade do piloto da Ferrari, que pela segunda vez neste ano terminou atrás do seu companheiro, Kimi Raikkonen, que foi o nono em Monza. Um péssimo resultado para a Ferrari, que não encontra maneiras para melhorar o rendimento dos seus monopostos nesta temporada.

Que o título mundial é um duelo entre dois competidores é algo que há muito tempo já estava claro. Mas a luta entre Rosberg e Hamilton se mostra cada vez mais interessante. Em Monza, o britânico reduziu a distância e a deixou em 22 pontos… o que significa menos de uma corrida. Mas o alemão não é dos que se rendem. Seguirá lutando, e não será fácil para Hamilton continuar diminuindo a diferença, sobretudo tendo em conta que ambos parecem destinados a compartilhar os dois primeiros degraus do pódio nas seis provas que restam.

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