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“Não temos que dar ministério em troca de tempo de televisão”, diz Marina

Em estreia em programa na TV e em ato público em Recife, a candidata do PSB procura marcar posição de um estilo diferente de fazer política

Marina Silva, na sexta-feira em São Paulo.
Marina Silva, na sexta-feira em São Paulo.Sebastião Moreira (EFE)

Marina Silva, candidata do PSB à presidência da República, estreou sua propaganda eleitoral na televisão neste sábado, e inaugurou seu primeiro ato público no Recife, em Pernambuco. Tanto no programa de TV, quanto no seu discurso na capital pernambucana, ela atacou o Governo atual e colocou algumas diretrizes que devem nortear sua campanha. Para marcar posição de que está buscando uma nova maneira de fazer política, a candidata disse que tem capacidade para encontrar as melhores pessoas para executar um plano do partido para o país “Porque nós não temos que dar ministério em troca de tempo de televisão”, disse a ambientalista, que tem 2 minutos e três segundos de televisão. Enquanto isso, a presidenta Dilma Rousseff tem 11 minutos e 24 segundos.

A ambientalista disse ainda que seu partido não vai se “submeter à chantagem política de ninguém”. No Recife, ela afirmou que pode governar sem o apoio de partidos tradicionais, mas se for eleita ela pode contar com o apoio de lideranças importantes dessas mesmas legendas. "Posso garantir que o PMDB de [senador] Pedro Simon não vai nos faltar, que o PDT de Cristovam Buarque não vai nos faltar e o PT de Eduardo Suplicy não vai nos faltar”, provocou.

Os três partidos citados pela presidenciável apoiam o Governo de Rousseff, mas como todos os demais, têm correntes internas que simpatizam com um ou outro lado. “Nós queremos e podemos unir o Brasil, mas para isso é necessário dialogar. Os grupos que estão no poder há 20 anos não conseguem dialogar”, afirmou ela.

Silva toma as rédeas da sua campanha depois de oficializar o seu nome como presidenciável do PSB na última quarta-feira, dia 20, em Brasília, ao lado do vice, o deputado socialista Beto Albuquerque, do Rio Grande do Sul. A candidata apareceu em segundo lugar, empatada tecnicamente com o o tucano Aécio Neves, na pesquisa divulgada pelo instituto Datafolha na última segunda-feira. Silva assumiu a cabeça da chapa depois da morte do candidato Eduardo Campos no último dia 13.

Seus adversários acompanham de perto os passos da ambientalista. Pesquisas internas do PT e do PSDB indicariam que ela deve subir ainda mais nos próximos dias, a ponto de ultrapassar Neves. A pesquisa Datafolha mostrava que num eventual segundo turno ela empataria com Rousseff.

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