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Marina deve subir na classe C, avalia deputado do PSB

Para Marcio França, a presidenciável subiu agora entre os indecisos mas vai ampliar vantagem com brasileiros que são antipartido

Marina Silva durante uma coletiva de imprensa do PSB.
Marina Silva durante uma coletiva de imprensa do PSB. EVARISTO SA (AFP)

A chamada classe C, que é justamente um grupo que tem muita afinidade com Marina Silva, ainda não entrou de cabeça na eleição, acredita o deputado do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Márcio França, presidente do partido no Estado de São Paulo. “Por enquanto, Marina só subiu entre os indecisos”, observa França. São consideradas classe C as famílias brasileiras que vivem com renda per capita de 320 reais a 1.120 reais por mês, segundo o instituto Datapopular. Assim, um núcleo familiar de quatro pessoas somaria uma renda de 1.280 reais a 1.480 reais. “Hoje só 15% desse grupo apoiam Dilma e os outros 85% estão indefinidos, com grande potencial de se inclinar para Marina”, prevê.

Segundo o instituto Datafolha, a presidenta Rousseff tem maioria de apoio entre as família que vivem com até 1.448 reais. “O perfil de Marina se comunica muito por vias de comunicação de massa, como as redes sociais e a televisão”, diz. O deputado vê ainda identidade da candidata que assume o posto de Eduardo Campos a partir desta semana na campanha com o público da Internet. “Este é um grupo que gosta de crítica, coisas românticas, coisas ligadas à saúde… Ele é crítico ao mundo político e quase que automaticamente simpático a ela”, avalia.

Sobre as coligações do partido nos Estados, às quais a ambientalista já havia se mostrado contrária – caso de São Paulo e do Paraná, por exemplo, onde os candidatos do PSDB Geraldo Alckmin e Beto Richa tentam a reeleição – França acredita que a sua presença não se fará necessária. De qualquer forma, os acordos regionais já firmados em outros Estados, caso do Rio de Janeiro ou de Santa Catarina, serão respeitados. “Era algo meio tácito. Já nem daria tempo pelo calendário eleitoral, para algum tipo de mudança”, afirma.

O deputado ainda esclareceu que Marina é uma candidata do grupo político Rede – que não logrou obter seu registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – apoiada pelo PSB. O deputado esclareceu que a presidenciável terá protagonismo na escolha da estrutura da equipe de campanha. “O pacto dela é que siga as orientações e os compromissos do Eduardo”, afirmou.

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