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“Acabou. Não apoiarei mais o Blatter”

O presidente da UEFA, Michel Platini, anuncia a sua candidatura à FIFA e critica o presidente suíço

Blatter e Platini, em 2011.
Blatter e Platini, em 2011.FABRICE COFFRINI (AFP)

Um clássico que volta a se repetir no início da Copa do Mundo. O conflito entre os dois principais organismos do futebol mundial, a FIFA e a UEFA, voltou a se intensificar após Joseph Blatter, presidente da entidade global, anunciar no congresso da própria FIFA que está disposto a se candidatar para um quinto mandato. "Acabou. Não o apoiarei mais. Já o apoiei em 1998 e não o farei agora. Que se candidate a um novo mandato não é bom para o futebol e assim o tenho dito. Com todo o respeito do mundo, mas o tenho dito", afirmou Platini, presidente da UEFA, à agência AFP.

Platini, que revolucionou o futebol europeu com uma Eurocopa que em 2020 será disputada em vários países do continente, confirmou, ao mesmo tempo, que tem previsto apresentar a sua candidatura à presidência da FIFA. "Sem dúvida é uma opção. E não está ligada ao fato de que Blatter se candidate ou não. Tenho cerca de 60 anos e meu problema é saber o que tenho vontade de fazer nos próximos anos, com Blatter ou sem Blatter, com champanhe ou sem champanhe. Tenho tempo para refletir", acrescentou o máximo representante do futebol europeu.

Anunciarei a minha candidatura à FIFA no final de agosto, durante o sorteio da Liga dos Campeões em Mônaco Michel Platini

"Acho que anunciarei a minha candidatura à FIFA no final de agosto, durante o sorteio da Liga dos Campeões em Mônaco", indicou Platini, que destacou que contará para essa aventura com o apoio dos países europeus. "As federações europeias mer comunicaram que estariam muito felizes. Também me indicaram que me candidate e lhes disse que o farei no sorteio da Liga dos Campeões. Não se trata de escolher entre a prisão ou o hospital. O que tenho claro é que seja onde for o farei para ganhar", concluiu Platini.

Blatter confirmou na última quarta-feira que será candidato à reeleição à frente da UEFA apesar das críticas sobre a sua administração e a que a organização se viu manchada por graves acusações de corrupção, ao mesmo tempo em que surpreendeu ao propor um sistema de repetição de jogadas. "Minha missão não terminou", disse Blatter, ante os delegados das 209 associações que integram a FIFA no âmbito do encerramento de seu congresso anual realizado em São Paulo, a um dia do partida inaugural da Copa do Mundo.

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