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Os ‘smartphones’ carregarão um sistema antirroubo a partir de julho de 2015

Fabricantes e operadoras assumem o compromisso nos Estados Unidos, mas os legisladores consideram a medida insuficiente

Apple, Google, HTC, Huawei, Motorola, Microsoft, Nokia, Samsung e as cinco principais companhias telefônicas dos Estados Unidos firmaram um acordo para que a partir de julho de 2015 todos os novos aparelhos colocados à venda possuam um sistema antirroubo, segundo anunciou a CTIA, associação da indústria de telecomunicações norte-americana.

O roubo de smartphones é um dos principais atos criminosos em cidades como Nova York ou Londres, como reiteradamente denunciaram suas respectivas administrações municipais. Em ambos os casos, as autoridades regionais exigiram dos fabricantes desses aparelhos um maior compromisso para prevenir os roubos, pois, além disso, a subtração do aparelho acarreta delitos mais graves e que, em algumas ocasiões, acabam em homicídios.

Nos Estados Unidos são roubados por ano 1,6 milhão de celulares, e na cidade de Los Angeles, esse tipo de crime cresceu 12% no último ano. O senador democrata Mark Leno promove na Califórnia uma lei federal para que todos os celulares e tablets incluam obrigatoriamente um sistema de anulação do aparelho no momento da compra.

O conhecimento de que esses aparelhos ficariam inutilizados em caso de roubo acabaria com o mercado negro, segundo Leno e, portanto, com grande parte dos benefícios que esse tipo de crime apresenta.

Antes de que Leno consiga a obrigatoriedade do sistema antirroubo por lei, a indústria se moveu para um acordo voluntário. De fato, os três sistemas operacionais mais importantes -Android, iOS e Windows- já permitem remotamente anular as funções do aparelho roubado ou rastrear o local onde ele se encontra.  

O acordo firmado por fabricantes e operadoras dos Estados Unidos tem a capacidade de apagar de forma remota os dados do aparelho, e inclusive pode ser inutilizado se houver tentativas de ligá-lo sem a permissão do proprietário, como já ocorre com os sistemas anteriormente citados.

Mas agora, com a incorporação das operadoras ao acordo, se soma a possibilidade de que todos os arquivos e a agenda de contatos sejam recuperados se o celular for posteriormente recuperado, e sem a necessidade de pagamento algum.

"A indústria de telefonia móvel deu um passo para abordar a epidemia de roubo de smartphones", disse Leno em um comunicado, lembrando, no entanto, que o pacto é insuficiente e que seguirá com sua proposta de lei, que poderia entrar em vigor na Califórnia no primeiro dia do próximo ano, se for aprovada. Iniciativas similares estão em andamento nos estados de Illinois e Minnesota.

Segundo as palavras da CTIA, o acordo entre fabricantes e operadoras não significa uma tecnologia comum, senão que garante que cada celular vendido a partir de julho de 2015 terá incorporado um sistema antirroubo. O acordo não agrada os partidários do kill switch, como Leno, o sistema que inutiliza remotamente o aparelho, e que defendem que seja pré-instalado universalmente.

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