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O Brasil caiu três posições no ranking internacional que mede a corrupção

O país saiu do posto 69 para o 72, ficando atrás de nações vizinhas da América Latina como Costa Rica, Porto Rico, Chile e Uruguai.

O Brasil caiu três posições no ranking internacional que mede a corrupção em 177 países publicado anualmente pela ONG Transparência Internacional.

O país saiu do posto 69 para o 72, ficando atrás de nações vizinhas da América Latina como Costa Rica (posição 49), Porto Rico (33), Chile (22) e Uruguai (19). O primeiro da lista é a Dinamarca.

Numa escala que vai de 0 a 100 (altamente corrupto a muito transparente), a nota do Brasil passou de 43 para 42 pontos.

O ranking é baseado em uma pesquisa de percepção feita com 114.000 pessoas em 107 países. No Brasil, a pesquisa foi feita com 2.002 pessoas pelo Ibope.

Os dados mundiais mostram que 27% dos entrevistados afirmaram que pagaram propina para acessar serviços ou instituições públicas nos últimos 12 meses. As informações sobre esse dado não estão disponíveis para o Brasil.

Para 29% dos brasileiros entrevistados, no entanto, a corrupção piorou muito nos últimos dois anos, mesmo após a implementação de iniciativas como a Lei de Acesso à informação, que obriga órgãos governamentais a divulgarem informações públicas, e a Lei da Ficha Limpa, que impede que políticos condenados sejam candidatos a cargos eletivos novamente.

A pesquisa também apontou que 81% dos brasileiros acreditam que os partidos políticos são corruptos ou extremamente corruptos e que 72% acham o mesmo do legislativo e 70% da polícia.

O mesmo foi retratado em outros países pesquisados. Os partidos políticos estão no topo da desconfiança mundial. Eles foram apontados em 51 países como uma das principais instituições no topo do envolvimento com a corrupção. A polícia é vista da mesma forma em 36 países.

"Os Governos precisam de pegar esse lamento contra a corrupção de seus cidadãos seriamente e responder com ações concretas para elevar a transparência", afirmou Huguette Labelle, presidente da ONG, em documento de apresentação da pesquisa divulgado à imprensa.

Ele ressaltou que uma liderança forte é necessária principalmente no G20, grupo de países industrializados e emergentes, que inclui o Brasil. Entre as 17 nações avaliadas do grupo, 59% dos pesquisados afirmaram que o Governo não está "fazendo um bom trabalho na luta contra a corrupção", ressaltou ele.

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